Documentário sobre as bordadeiras e rendeiras é lançado no Museu da Inconfidência
Publicado em 07/02/2020 às 11:26 por Redação
Por Nízea Coelho.
Perto de celebrar 40 anos como Patrimônio Cultural da Humanidade e lembrar o tricentenário da Sedição de Vila Rica, que marca o “nascimento de Minas”, Ouro Preto registra como bem imaterial do município o ofício das bordadeiras e rendeiras. Para registrar esse ofício, a assessoria de comunicação da Prefeitura de Ouro Preto produziu o documentário “Bordando o Patrimônio - Costurando Memórias”, que teve seu lançamento na sexta-feira, 31 de janeiro, no anexo do Museu da Inconfidência.
O documentário foi essencial para a concessão do título de Patrimônio Imaterial ao “Ofício de Bordadeira e Rendeiras de Ouro Preto”, segundo Pedro Augusto, assessor da Secretaria de Cultura e Patrimônio da Prefeitura de Ouro Preto e pesquisador responsável pelo documentário. “O documentário mostra pessoas reais em seu cotidiano, valorizando este ofício centenário. Isso é de suma importância para o Município, considerando que Ouro Preto e o bordado estão ligados desde tempos coloniais, cuja técnica foi amplamente utilizada nos enxovais e em paramentos litúrgico”, explica Pedro.
Na última sexta (31), foi realizada a entrega do título de patrimônio imaterial do “Ofício de Bordadeira e Rendeiras de Ouro Preto”. Para o secretário de Cultura e Patrimônio, Zaqueu Astoni, foi uma tarde de muita emoção e alegria com a participação de várias associações. “Na ocasião, foi feito o lançamento do documentário, que possui uma qualidade técnica enorme, e que apresentou toda a importância e a evolução do bordado e da renda de Ouro Preto. Um ofício que serve de sustento para diversas famílias, com uma importância muito grande em toda a cadeira da economia criativa da cidade. Quero aqui registrar reconhecimento e nosso agradecimento ao Gilson, ao Fabiano e ao Pedro Augusto, que trabalharam de maneira árdua para execução desse documentário. Tenho certeza que será um sucesso e uma referência para ofício de bordadeira e rendeira”, comenta.
O diretor do curta, Fabiano Souza, ficou emocionado na exibição. “Foi um orgulho ter feito o documentário e fazer parte dessa história. As pessoas entrevistadas, que no seu dia-a-dia se dedicam a fazer o bordado com alegria, nos passaram uma lição de vida. Dá vontade de chorar ao ouvir uma pessoa falar que não tinha nada e agora, já idosa, tem como fonte de renda o bordado, com o retorno pela venda do seu trabalho”, afirma.
Gilson Fernandes, superintendente responsável pela assessoria de comunicação da Prefeitura de Ouro Preto e coordenador do documentário, explica que o filme foi todo gravado por celular. “Recebemos a solicitação da Secretaria de Cultura e Patrimônio para registrar em entrevistas um pouco da história das bordadeiras e rendeiras. A partir daí nos surpreendemos com a riqueza dos depoimentos”, informa.
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